As atrações da histórica Pilar de Goiás

 

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Sinos da igreja de Nossa Senhora do Pilar – Foto de Renato Alves

Os tesouros históricos de Goiás vão além de Pirenópolis e Goiás Velho. A 320km de Brasília, Pilar tem o conjunto arquitetônico e paisagístico tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) desde 1954. São duas igrejas e mais de 20 casarões centenários. Alguns exibem elementos únicos na arquitetura brasileira, mas permanecem a maior parte do tempo fechado, por falta de morador e de visitante. Outros tantos ameaçam desabar por ausência de manutenção.

pilar de goias 2Entre serras paralelas, Pilar teve como fundadores escravos, que criaram o Quilombo de Papuã. Eles descobriram o ouro, responsável, em grande parte, pela fundação do município, em 1741. No auge da mineração, Pilar chegou a abrigar 15 mil pessoas, ainda no século 18. Com o fim da atividade, a população caiu para 1,5 mil moradores. A decadência aumentou na Revolução de 1932, quando homens deixaram a localidade para combater o movimento paulista que visava derrubar o governo provisório de Getúlio Vargas.

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Rua de Pilar de Goiás – Foto de Renato Alves

Andar pelas poucas e estreitas ruas de Pilar, hoje com 2,7 mil habitantes, é como se sentir em uma cidade-fantasma. Quase não se vê carro nem gente nas vias, calçadas e praças. A maioria dos trabalhadores passa o dia na lavoura. Como quase todos os moradores fazem as refeições em casa, não há restaurante. As opções para comer e beber se restringem a uma dezena de botequins. Excelentes para quem aprecia bebidas e quitutes típicos do interior goiano, como cachaça, empada e pastel, com preços irrisórios e gente contadora de causos. As lojas funcionam como os antigos armazéns de secos e molhados, com as compras anotadas em caderninhos dos clientes, no fiado.

 

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Sinos da igreja de Nossa Senhora do Pilar – Foto de Renato Alves

Chafariz

 

Percorre-se todas as atrações históricas de Pilar a pé, com destaque para a Casa da Princesa e as igrejas de Nossa Senhora do Pilar (a matriz) e de Nossa Senhora das Mercês. Ao lado da matriz, em um campanário, estão os três maiores sinos feitos para um templo em Goiás.Fabricados em 1785, pesam, em média, 900kg.

Ao pé deles fica o Chafariz São José, de 1745, que ainda sacia a sede com água pura. Erguida pela irmandade dos pardos, a Mercês é uma das três igrejas mais importantes do período no país, a única que guarda maior originalidade e integridade.

Construída entre 1783 e 1824 pelos escravos, a igreja tem estilo colonial, com talha barroca no altar-mor em madeira, assim como um púlpito e coro também em madeira. A torre sineira lateral com escada exterior é típica das igrejas menores do período em Minas Gerais.

Casa da Princesa

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Fachada da Casa da Princesa – Foto de Renato Alves

O prédio que abriga o museu de Pilar é um dos últimos no país a preservar janelas de gelosia, estilo árabe trazido pelos portugueses. Considerada a construção mais luxuosa do ciclo do ouro em Goiás, o interior do casarão impressiona pelas pinturas de portas e tetos em gamela. É a mais importante obra arquitetônica não religiosa do barroco do século 18 de Goiás. Conhecido como Casa da Princesa, nele morou a Princesa Isabel por dois semestres, no apogeu da mineração, quando Pilar tinha a maior produção aurífera goiana.

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Casarão abandonado em Pilar de Goiás – Foto de Renato Alves

Em 10 anos, Pilar produziu o equivalente a todo o ouro extraído de toda a província de Goiás produziu em um século. Razão pela qual a administração provincial se transferia para ela por seis meses do ano.

Sede da Secretaria de Cultura, a Casa de Câmara e Cadeia da cidade é a menor do tipo no Brasil. Nesses espaços, no Brasil Colônia, funcionavam os órgãos da administração pública municipal. Abrigava ainda a cadeia, onde acusados eram julgados e, se condenados, levados presos. Em condições muito precárias eles morriam doentes ou enforcados. Inúmeros escravos morreram na forca erguida ao redor da Igreja Nossa Senhora das Mercês, em uma colina. Em outro extremo da cidade fica a Prainha da Limeira, antiga lavanderia de roupa das escravas.

Um tour pelas obras art déco de Goiânia

 

 

Fachada do Teatro Goiânia

Assim como Brasília, Goiânia é uma cidade planejada e símbolo de modernidade. Mas a capital goiana surgiu três décadas antes da nova capital do Brasil. E, para deixar uma marca, os construtores da cidade distante 210km do Distrito Federal escolherem o art déco para definir a fisionomia dos primeiros prédios daquela que viria a ser a primeira metrópole do Centro-Oeste, hoje com quase 1,5 milhão de habitantes.

Teatro GoiâniaNo entanto, essa riqueza é desconhecida da maioria dos brasileiros, inclusive dos goianienses. Para resgatá-la, o artista plástico e guia turístico Gutto Lemes criou um roteiro dos principais prédios e monumentos com traços do estilo da época da inauguração de Goiânia. Ele acompanha grupos, com direito a aula de história e arquitetura dos anos 1930. O passeio pode ser feito de carro, van, ônibus, bicicleta e até a pé.

Lemes ressalta que, do ponto de vista arquitetônico, Goiânia foi a primeira cidade moderna do Brasil. “A cidade tem uma importância muito grande para o estilo art déco, maior até que Miami, já que a cidade dos Estados Unidos não foi construída, como aqui, durante o período do art déco”, garante. Ele não está exagerando, apesar de Miami ter o maior acervo art déco do mundo, que é um roteiro turístico, atraindo visitantes o ano todo.

Nascido das artes decorativas, o art déco ficou conhecido em 1925, na feira mundial realizada em Paris, a Arts Décoratifs et Industriels. Na década de 1930, o estilo começou a ganhar um aspecto mais suave aproximando-se da morfologia modernista. Para o déco, o que se desejava de efeito visual não necessariamente haveria de almejar o emprego de racionalidade, o que justificava o emprego de ordens ornamentais e até a limpeza visual, a exemplo dos edifícios do Roquefeller Center, nos EUA, onde o déco fez grande sucesso.

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Portanto, não havia melhor estilo para os construtores de Goiânia escolherem para definir a fisionomia dos primeiros prédios da cidade planejada para substituir Goiás, ou Goiás Velho, a primeira capital do estado. Afinal, o art déco representava o que de mais moderno havia na arquitetura da época. A capital goiana ainda abriga uma importante herança art déco em suas ruas, avenidas, praças e até parques. É o mais representativo acervo art déco do Brasil.

Palacio das EsmeraldasTombamento

Goiânia tem 22 edificações em art decó tombados pelo Instituto Nacional do Patrimônio Artístico Nacional (Iphan). A Praça Cívica, onde fica a administração do estado, concentra a maioria dos prédios art decó da cidade. São 11, incluindo o Palácio das Esmeraldas (foto ao lado), sede do governo estadual. Perto dali, ficam o Lyceu de Goiânia e a Estação Ferroviária. Ambos, porém, alvos constantes de vandalismo, por causa do abandono, apesar do tombamento.

Gutto Lemes dedica-se à divulgação desse patrimônio desde 2004, quando montou a sua primeira exposição de desenhos dos prédios ícones dessa arte na cidade — obras de sua autoria. “Eu já pintava e desenhava, mas decidi estudar turismo. Ao fim do curso, uni tudo, criando o city tour”, conta ele, que realiza os passeios guiados há cerca de um ano. Ele dura, em média, três horas e meia, com parada em três museus no estilo art decó.

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Para conscientizar o goianiense da importância de se preservar o conjunto urbano da cidade, Lemes, que nasceu em Morrinhos (GO) mas mudou-se para a capital do estado com um ano, ainda ajudou a criar a Sociedade Art Déco de Goiânia. Ela é formada por um grupo de arquitetos, artistas, empresários e pessoas ligadas ao turismo. A iniciativa mais recente do grupo foi a participação, em 2016, no III Concurso de Fotografia AdbA — sigla de uma associação argentina que promove a arquitetura Art Déco no país vizinho. 

Programe-se

City tour em Goiânia

O passeio guiado pode ser feito de carro, van, ônibus, de bicicleta e até a pé. O modelo de transporte e o preço depende do tamanho e do interesse do grupo. Ele tem que ser agendado direto com o guia e artista plástico Gutto Lemes:  (62) 99943 3338 / 62 99823 1164 / guttolemes@hotmail.com

O QUE VER

Confira as principais construções art déco de Goiânia e seus endereços:

Na Avenida Goiás: Grande Hotel e Torre do Relógio

Na Praça Cívica: Coreto, Agência de Cultura, Delegacia de Administração, Museu Zoroastro Artiaga, Palácio das Esmeraldas, Procuradoria-Geral do Estado e Tribunal Regional Eleitoral

No restante do Centro: Estação Ferroviária, Praça do Trabalhador; Fórum e Tribunal de Justiça; Instituto Federal de Goiás (antigo Cefet), Rua 66; Lyceu de Goiânia, Rua 21; Museu Casa Pedro Ludovico, Rua 26; Teatro Goiânia, Avenida Tocantins

No bairro Campinas e Setor Oeste: Subprefeitura, Praça Joaquim Lúcio; Palace Hotel, Avenida 24 de outubro; Trampolim e mureta do Lago das Rosas

MEMÓRIA

Homenagem à Revolução de 30

Goiânia foi planejada e construída para ser a capital de Goiás, por iniciativa do político goiano Pedro Ludovico Teixeira, em consonância com a Marcha para o Oeste – estratégia desenvolvida no fim dos anos 1930, pelo governo de Getúlio Vargas, para acelerar o desenvolvimento e incentivar a ocupação do Centro-Oeste.

Em 24 de outubro de 1933, em local escolhido por Corrêa Lima, — um planalto onde atualmente se encontra o Palácio das Esmeraldas, na Praça Cívica —, Pedro Ludovico lançou a pedra fundamental de Goiânia. A data homenageava os três anos do início da Revolução de 1930.

O município começou a ter suas atividades executadas em novembro de 1935. No mês seguinte, Ludovico enviou o decreto que estabeleceu a transferência da Casa Militar, da Secretaria Geral e da Secretaria do Governo da cidade de Goiás para Goiânia. Nos meses posteriores, outras secretarias foram transferidas e essas ações reafirmavam ainda mais a mudança da capital.

Em 23 de março de 1937, o decreto de número 1.816 oficializava definitivamente a transferência da capital da cidade de Goiás para Goiânia. Mas o evento oficial que sacramentou a transferência da capital aconteceu só em 5 de julho de 1942, no Cine-Teatro Goiânia, um dos mais importantes patrimônios arquitetônicos da construção da nova capital.

Os 10 melhores cafés de Pirenópolis

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Esqueça o empadão goiano, o arroz com pequi, a gueiroba, os sorvetes de frutos do cerrado. Foi-se o tempo em que as cozinhas de Pirenópolis (GO) limitavam-se à típica culinária goiana. Nada contra, até porque sou um dos fãs das iguarias daquelas bandas. Mas, como tenho o café como um dos meus vícios, fico feliz em constatar que as cafeterias estão brotando na cidade famosa pelo casario colonial e pelas dezenas de cachoeiras.

A proliferação de cafeterias levou um grupo de jovens produtores culturais locais a levantar as melhores lojas. O trabalho resultou em uma mapa no formato cartão-postal. Na frente uma bela foto de uma jovem em café. No verso, o mapa das lojas com uma lista dos nomes e dos endereços.

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Interior do Café Pitoresco, em Pirenópolis. Foto: Renato Alves

São nove as cafeterias listadas. Seis ficam no Centro Histórico. Dessas, conheço três que merecem uma parada para uma longa prosa e um lanche.

Localizado na Rua Rui Barbosa, onde concentram-se as lojas voltadas aos turistas, o Pitoresco Arte e Café, como o nome sugere, é um mix de cafeteria com galeria de arte. Todas as obras de arte e quinquilharias expostos nos três cômodos públicos do casarão estão a venda. Há ainda a área externa, de onde se vê o movimento na rua e parte do casario da cidade.

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No Pitoresco, além do tradicional café espresso, tem comidinhas sempre frescas. Tudo feito na hora, como os biscoitos e bolos feitos na casa da avó. A casa serve de queijo quente a saladas. Também tem cerveja gelada: Heineken, Stella Artois, Bohemia. E, vale destacar, a simpatia da dona e dos funcionários, além de agradável set list no som ambiente.

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Interior do Café Pitoresco, em Pirenópolis. Foto: Renato Alves

SAM_0150.JPGKnow-how

Mas a cafeteria com mais cara, ambiente, know-how de Pirenópolis é a Pé di Café. No meio da Rua Aurora (a mais charmosa da cidade), a casa tem um ambiente agradável, com uma decoração de bom gosto e assentos aconchegantes.

O café 100% arábica é extraído por baristas treinados. O menu inclui dos espressos convencionais a opções quentes e geladas, com frapês e um exclusivo frozen com licor de baru. Há ainda capuccinos especiais, chocolate quente europeu, escondidinho de sorvete e uma carta de chás artesanais de ervas naturais, com massalas exclusivas, chás ingleses e chai indiano.

Além de um menu diversificado de cafés e chás artesanais, o cardápio tem uma variedade de quitandas, sanduíches leves, waffles, omeletes, tapiocas, saladas de frutas, sucos e um destaque especial para os memoráveis bolinhos de chuva.

Na Pé di Café pode-se ainda saborear doces, como brigadeiro de colher (de pau!) em xícara esmaltada, além de bebidas alcoólicas leves, como cervejas artesanais, sodas italianas, vinhos e licores.

Para melhorar, recentemente, os donos resolveram um problemão: instalaram o um sistema de ar-condicionado que deixam o clima agradável sem que a casa precise fechar as duas grandes portas de madeira com vista para a rua histórica. Um diferencial e tanto, já que loja climatizada, apesar do calorão característico, é uma raridade em Pirenópolis.

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Brigadeiro de colher, Pé di Café, Pirenópolis. Foto: Renato Alves

Lanchinhos

Inexplicavelmente, porém, o mais conhecido e badalado dos cafés pirenopolinos está de fora do mapa recém-lançado. Trata-se do Café Pireneus, rebatizado de Pireneus Café & Forneria, devido à diversidade de comidinhas. É um daqueles cafés para você sentar, ler um livro (há diversos livros de fotografia à disposição dos clientes), ou jogar conversa fora com os amigos enquanto observa o movimento da praça em frente, a Praça do Coreto, onde ocorre a tradicional feirinha de artesanato nas noites de sábados.

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Além do tradicional café espresso, a casa oferece um delicioso café cremoso gelado. Entre as opções de lanche, os sanduíches são os mais apreciados pela clientela. A foccacia é o prato mais famoso. Mas o bolo de banana também faz muito sucesso. Nas noites frias, a melhor pedida é um caldo. No calor, uma cerveja importada gelada. Nos fins de semana, ainda tem música ao vivo e de qualidade, como trios de jazz ou um solo de MPB.

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ONDE FICAM

Ateliê Café: RuaLuiz G. Jaime, 42, Espaço Retrô-Ativo, Alto do Bonfim

Café Pand’oro: Rua Direita, 90, Centro Histórico

Café Sertão Veredas: Rua do Rosário, 7, Centro Histórico

Florinda Comidinhas: Rua Aurora, 18, Centro Histórico

Info Café, Av. Sizenando Jyme, 8, Centro

Lírio Café Bistrô: Rua do Bonfim, 31, Centro Histórico

Mundo Quinta Café: Rua Rui Barbosa, 31, Feira de Quintal, Centro Histórico

Pitoresco Arte e Café: Rua Aurora, 2, esquina com Rui Barbosa, Centro Histórico

Pé di Café: Rua Aurora, 21, Centro Histórico

Pireneus Café & Forneria: Rua dos Pireneus, 41, em frente à Praça do Coreto,  Centro Histórico

Festa Literária de Pirenópolis, Flipiri 2016 tem Ziraldo como atração principal

Igreja Matriz Pirenópolis/Foto de Zuleika de Souza
Boa oportunidade para quem gosta de literatura e passar um fim de semana na charmosa Pirenópolis (GO). A cidade histórica distante 150km de Brasília recebe a 8ª edição da sua Festa Literária, a Flipiri, de 18 a 20 de novembro.

O evento visa difundir o livro, a leitura e a literatura em cidades de interior e em zonas rurais, com as presenças de autores regionais e nacionais como Ziraldo, Ignácio de Loyola Brandão, Elder Rocha Lima, Tiago de Melo Andrade, Nurit Bensusan, Ailton Krenak, entre outros.

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Organizado pelo Instituto Casa de Autores e pela Prefeitura de Pirenópolis, a Flipiri tem dois eixos de ações que se completam: levar o livro da cidade ao campo, das prateleiras para as ruas, para todas as idades e classes sociais.Confira a programação oficial:

18 de novembro, sexta-feira

10h – Teatro: Um dia de Rainha

Com: Raquel Gonçalves e Maria Célia Madureira

Local: Teatro de Pirenópolis

14h – Teatro: Um dia de Rainha

Com: Raquel Gonçalves e Maria Célia Madureira

Local: Teatro de Pirenópolis

14h às 18h – Autores visitantes

Espaço para autores divulgarem, lançarem e autografarem os seus livros

Local: Entroncamento

15h30 – Teatro: Sistemas Chaves do Planeta

Com: Grupo Aroeira

Local: Teatro de Pirenópolis

15h – Sarau de histórias

Com: Giulieny Matos e Hozana Costa

Local: Entroncamento

16h – 15h – Sarau de histórias

Com: Tânia Loureiro e Liduína Bartholo

Local: Entroncamento

16h às 19h – Barganha Book Especial

Momento para trocas de livros usados

Local: Teatro de Pirenópolis

17h – Bate-papo com autores – Vivências Sobre Leitura e Escrita

Com: Tiago de Melo Andrade e Iris Borges

Local: Cine Pireneus

17h – Sarau de histórias

Com: Yana Marull

Local: Entroncamento

18h – Bate-papo com autores – Literatura e Cerrado

Com: Elder Rocha Lima – Seguido de lançamento do livro: “Histórias Contadas”

Local: Cine Pireneus

18h – Sarau de histórias

Com: Clara Arreguy e Bárbara Morais

Local: Entroncamento

19h30 – Abertura oficial – 8ª Festa Literária de Pirenópolis-GO

Local: Teatro de Pirenópolis

20h – Conferência – Literatura e Natureza – Era uma vez um bioma muito raro e muito triste chamado Cerrado

Com: Ziraldo e Nurit Bensusan

Local: Teatro de Pirenópolis

21h – Sessão de autógrafos

Com: Ziraldo e Nurit Bensusan

Local: Livraria da Flipiri/Entroncamento

21h – Show musical

Com: Marakatu Akdorge

Local: Entroncamento

19 de novembro, sábado

9h30 – Abertura do 4º Encontro FLIPIRI de Ilustradores

Local: Cine Pireneus

10h às 12h – Mesa 1 – Encontro FLIPIRI DE Ilustradores – Como Ilustramos os Nossos Livros e o Mercado da Ilustração no Brasil.

Com: Christie Queiiroz, Romont Willy e Jô Oliveira

Local: Cine Pireneus

11h – Oficina de Redação – escrever bem hoje

Com: Lucília Garcez

Local: Teatro de Pirenópolis

11h – Bate-papo com o autor

Com: Ziraldo e professores da rede SESC

Local: Centro de Artes Ita e Alaor

11h – Sarau de histórias

Com: Giulieny Matos e Hozana Costa

Local: Entroncamento

14h – Bate-papo com o autor – O que faz um jovem gostar de um livro e não de outro

Com: Maurício Gomyde

Local: Teatro de Pirenópolis

14h – Bate-papo com o autor – O papel do professor e dos pais na formação do leitor.

Com: Olívia Franco, Maria Elaine Cambraia e João Rodrigues.

Local: Centro de Artes Ita e Alaor

14h – Sarau de histórias

Com: Yana Marull, Clara Arreguy, Rose Borges.

Local: Entroncamento.

14h às 16h – Oficina de ilustração – A arte de colorir o mundo infantil

Com: Adriana Nunes e Ana Terra

Local: Cine Pireneus

14h ás 18h – Autores visitantes – Espaço para autores divulgarem, lançarem e autografarem os seus livros.

Local: Entroncamento.

15h – Programa de Educação para a Paz – Dança, vídeo, reflexão e conversa.

Com: Ivete Belfort, Solange Arruda, Daraina Pregnolatto, Celso Leal e Sandra Cristina

Local: Teatro de Pirenópolis.

15h – Bate-papo com o autor – Jovens consumidores e produtores de cultura

Com: Bárbara Morais, Tiago de Melo Andrade e Maurício Melo

Local: Centro de Artes Ita e Alaor

16h às 18h –Encontro FLIPIRI de Ilustradores – A arte de Ilustrar

Com: Ziraldo.

Local: Cine Pireneus

17h – Sarau de histórias

Com: Liduína Bartholo, João Rodrigues e Álvaro Modernell

Local: Entroncamento

18h – Sessão de autógrafos

Com: Ziraldo

Local: Livraria da Flipiri/Entroncamento

18h – Show musical – Brasília Sopro Sinfônica

Local: Largo da Matriz

18h – Bate-papo com o autor – Família: Nosso primeiro ambiente

Com: Angélica Rodrigues

Local: Teatro de Pirenópolis

19h – Bate-papo com o autor – Incubadora de Autores, o que é?

Com: Tiago de Melo Andrade

Local: Cine Pireneus

19h – Bate-papo com o autor – Consumo Consciente: como preservar o seu bolso e o planeta

Com: Rogério Olegário

Local: Teatro de Pirenópolis

20h – Grande Sarau – Academia Pirenopolina de Artes, Letras e Música

Com: Grupo Euterpe, Comitiva Babilônia, exposição de slides, declamação de poemas, exposição artística e apresentações musicais.

Local: Teatro de Pirenópolis

20 de novembro, domingo

10h – Bate-papo com o auto – Cardápio Literário, separando o miojo da macarronada.

Com: Tiago de Melo Andrade

Local: Teatro de Pirenópolis

10h às 12h – Encontro FLIPIRI de Ilustradores – Ilustração do Cerrado

Com: Vera Lúcia Dias, Elder Rocha Lima, Adriana Nunes e Tereza Behr

Local: Cine Pireneus

14h – Bate-papo com o autor – Festas Literárias no Brasil

Com: Ignácio de Loyola Brandão e Maurício Melo

Local: Cine Pireneus

14h às 18h – Autores visitantes – Espaço para autores divulgarem, lançarem e autografarem os seus livros.

Local: Entroncamento

15h – Sessão de autógrafos

Com: Ignácio de Loyola Brandão e Maurício Melo

Local: Livraria/Entroncamento

15h às 16h – Seminário de Cultura Popular

Com: o Mestre Chacon do Maracatu Nação Porto Rico e mestres locais convidados

Local: Centro de Artes Ita e Alaor

16h – Palestra – Economia Criativa: inovação e sustentabilidade para o mundo do livro e da leitura

Com: Décio Coutinho e Alex Moraes

Local: Cine Pireneus

17h – Maratona de histórias

Com: autores presentes

Local: Entroncamento

18h – Teatro – Solidão no Fundo da Agulha – Show de Literatura e Música

Com: Ignácio de Loyola Brandão e Rita Gullo

Local: Teatro de Pirenópolis

18h – CORTEJO EM HOMENAGEM AO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA

Com: Maracatu Akdorge
Trajeto: Teatro de Pirenópolis até Praça Chico de Sá (coreto)

Três lugares para acampar perto de Brasília

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Salto de Corumbá: queda de 50m e boa estrutura

Quem está acostumado sabe como acampar em qualquer canto — seja na beira da estrada, seja no meio de uma floresta — sem qualquer estrutura de apoio. Iniciantes não precisam correr tanto risco. Ter a primeira experiência em campings pode ser valiosa, pois há o mínimo de conforto — terreno plano, banheiro e cozinha. Alguns alugam barracas com colchões e oferecem atividades guiadas.

Há áreas com vocação natural, como Corumbá de Goiás. O município a 130km de Brasília foi destaque quando uma de suas cachoeiras ilustrou a capa da revista Traveler em dezembro de 2015. A publicação da National Geographic elegeu a cachoeira do Salto Corumbá (a mais alta entre as sete da região) como um dos 20 lugares obrigatórios para conhecer em 2016. A queda d’água de 50 metros de altura fica no Salto Corumbá Camping, Clube e Hotel, que recebe em média 46 mil hóspedes por ano.

Poços

Turistas vão ao local desde a década de 1970. Na época, uma das cachoeiras estava seca porque um trecho do leito do rio Corumbá foi desviado, no século 19, para a exploração de ouro no fundo de poços onde, hoje, os visitantes mergulham.

As barracas ficam perto das cachoeiras, protegidas pela sombra das árvores. Há banheiros, duchas externas com água quente, energia elétrica e tanques à disposição. As refeições podem ser feitas na lanchonete ou no restaurante do hotel.

Experimente

Salto Corumba
Preço: Diárias no camping a partir de R$ 60

Chapada Imperial
Preço: R$ 220 por dois dias no camping. Inclui pensão completa, atividades e guias

Chapada Imperial / Foto de Breno Fortes
A Chapada Imperial fica dentro do DF

Cataratas dos Couros
De Alto Paraíso de Goiás, são 16km até a estrada de chão que leva às cataratas
Informações: Centro de Atendimento ao Turista (CAT). Telefone: (62) 3446-1159.

Um roteiro pelas vinícolas de Goiás

O site Curta Mais, que sempre traz dicas preciosas de cultura e lazer no Distrito Federal e em Goiás,  trouxe uma matéria deliciosa e surpreendente sobre a produção de vinho no Centro-Oeste do Brasil. Um roteiro de vinícolas localizadas em Goiás, em meio a paisagens muito diferentes daquelas que nos remetem às fazendas de vinhedos. São quatro as opções:

Pireneus Vinhos e Vinhedos, em Colcalzinho

Vêm lá do município de Cocalzinho de Goiás, às margens do Rio Corumbá, premiados vinhos produzidos aqui no cerrado com uvas europeias. Na Pireneus Vinhos e Vinhedos, do médico e sommelier Marcelo Souza, são produzidos os vinhos Bandeiras e Intrépido: premiado com o título de melhor tinto pelo Anuário de Vinhos Brasileiro do Instituto Brasileiro de Vinhos de 2012, o Bandeiras é produzido com a italiana uva barbera, e recebeu o nome em homenagem aos bandeirantes, que descobriram a região onde as uvas são cultivadas. O Intrépido, por sua vez, é produzido com uvas francesas syrah, e representa a iniciativa corajosa e pioneira em produzir vinhos em uma região improvável.

A safra acontece sempre nos meses de agosto e setembro, e é possível agendar visitas em grupos de até dez pessoas para conhecer os vinhedos e participar de degustação harmonizada com os vinhos. Para maiores informações e agendamentos, é só entrar em contato pelo email pireneusvinhos@gmail.com.

Fazenda

Fazenda

Grupo participa de visita e refeição harmonizada na Fazenda Pireneus Vinhos e Vinhedos

Onde: Cocalzinho de Goiás, Serra dos Pirineus – a 129km de Goiânia

Agende uma visita pelo email: pireneusvinhos@gmail.com

Vinícola Serra das Galés, em Paraúna

Vinícola

Localizada no município de Paraúna, a vinícola Serra das Galés é a responsável pela produção dos vinhos Cálice de Pedra rosado, branco e tinto, elaborados a partir de variedades das uvas Isabel, Violeta, Niágara e Lorena. Tanto os vinhos quanto a vinícola fazem homenagem à Pedra do Cálice, principal monumento natural de Paraúna e símbolo da Serra das Galés, localizada no município. É possível visitar tanto a fábrica quanto a vinícola (o período ideal para conhecer a plantação são os meses de junho e julho, período das uvas), basta fazer agendamento prévio. Não é cobrada taxa e as visitas recebem até 35 pessoas. Para visitar a plantação, é preciso ir de transporte próprio, já que ela fica a 40km da fábrica.

Onde: Rodovia GO 320, s/n, km 1 – Setor Ponte de Pedra, Paraúna – GO

Informações: (64) 3556-1000

Fazenda & Vinícola Jabuticabal, em Hidrolândia

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A história da Fazenda & Vinícola Jabuticabal e antiga: em 1947, após a Segunda Guerra Mundial, Antônio Batista da Silva plantou os primeiros pés de jabuticaba na área que daria origem à vinícola. Mas, foi apenas em 2000 que a fazenda deu início ao processo de industrialização da jabuticaba, dando início às atividades da vinícola, e assim, produzindo fermentados e cachaça de jabuticaba.

A fazenda é uma das maiores produtoras de jabuticaba do Brasil e do mundo, com mais de 38 mil pés, e é a única a aproveitar o fruto e transforma-lo em produtos industrializados, como o Javine, fermentado tinto produzido com jabuticaba, com 11% de teor alcoólico; e a Aguardente, cachaça derivada da destilação da casca da fruta.

O espaço está aberto à visitação do público nos períodos de safra, que têm início em setembro. Na época, é possível passar o dia por lá e comer quantas jabuticabas puder. É permitido levar comida pronta e bebida para fazer piquenique às sombras das frondosas árvores. Vale tomar também um bom banho no Rio Dourado que conta com uma prainha de areia bem convidativa.

Fazenda

 

Onde: Rodovia GO-319, KM 18, Distrito de Nova Fátima, Hidrolândia – GO

Informações: (62) 3505-9576 | 3505-9549

Vinícola Goiás, Itaberaí

Conhecer a Vinícola Goiás é como dar um passeio pelas grandes colônias italianas aqui no centro-oeste e ser transportado no tempo e no espaço. Pioneiros no projeto do enoturismo no estado, a vinícola tem instalações, roteiros e paisagismo projetados especialmente para promover uma experiência única para os visitantes.

Criada em 1998, a vinícola produz o suco natural Dell Nonno, elaborado com uvas Bordô e Isabel, sem aditivos químicos e conservantes na composição. A vinícola também comercializa uvas e geleias. Para conhecer, basta agendar uma visita por telefone.

Vinícola

 

Onde: Rua 1, s/n, Jardim Esmeralda, Itaberaí – GO

Informações: (62) 9934-4231 | (62) 8548-3392

Fazendinha JK, última morada de Juscelino, reabre ao público

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Renato Alves (texto) e Marcelo Ferreira (fotos)

Uma relíquia da história e da arquitetura nacional está em reforma para ser reaberta ao público, após quase cinco anos fechada. Última moradia do ex-presidente Juscelino Kubitschek, morto em 1976 em um acidente automobilístico, a Fazendinha JK receberá convidados em uma festa programada para setembro, quando o antigo dono faria 114 anos.

O imóvel conserva todos os móveis, artigos pessoais e itens de decoração de quando a família do político vendeu a propriedade, em 1984, a um ex-deputado paranaense, aliado dele. Além disso, localizada em Luziânia, distante 13km do centro da cidade goiana e a 60km de Brasília, a residência é a única obra de Oscar Niemeyer na zona rural.

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Juscelino comprou o imóvel em 1972, após ter o mandato cassado pela ditadura militar e de ser proibido de entrar em Brasília. Queria um lugar onde pudesse passar os dias, reunir os amigos e, de lá, ao entardecer, ver as luzes da capital que ergueu no Planalto Central. Encantou-se com a Fazenda Santo Antônio da Boa Vista. Decidiu comprá-la e a apelidou de fazendinha. Virou a Fazendinha JK.

Ali, Juscelino se tornou produtor rural. Usou modernas práticas de irrigação. Plantou soja, arroz, café, eucalipto, na intenção de provar que o solo do cerrado era fértil.

Quando JK adquiriu a propriedade, ela tinha 310 alqueires e nenhuma moradia. O casarão só seria inaugurado em 12 de setembro de 1974. No quintal, o ex-presidente costumava reunir os amigos para almoçar ao redor de uma mesa de pedra.

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Na sala de jogos e na discoteca, Juscelino organizava festas regadas a pinga e embaladas por violeiros. A mesa de pôquer, com 11 cadeiras, continua intacta. As prateleiras são enfeitadas por presentes, como uma porcelana japonesa e uma licoeira com os traços do Palácio do Alvorada.

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Mineira e moderna

Com janelas grandes, o casarão parece uma antiga casa de fazenda mineira, mas com características modernas de Niemeyer. “Como Juscelino havia sido cassado pela ditadura e não tinha dinheiro algum, ela foi construída com doações de amigos. Por isso, é feita de materiais baratos, como o piso de ardósia da varanda. No entanto, a pedido de Niemeyer, a ardósia foi colocada como uma obra de arte, um jogral”, ressalta uma das administradoras da propriedade, Rosana de Queiroz Servo, 48 anos.

As grossas paredes de concreto também receberam um tratamento artístico. Com uma intervenção em baixo-relevo, ela ficou parecendo ser feita de tijolo. Todo o exterior é pintado nas cores branca e azul.

Dentro, ficam as maiores preciosidades. Entre outras coisas, os cômodos abrigam presentes dados a JK por chefes de Estado. Também guardam móveis luxuosos e de traços modernistas e raridades colecionadas pelo fundador de Brasília, como 1,8 mil livros expostos em sua biblioteca e organizados conforme a cor da capa. A maioria tem dedicatórias dos autores para o presidente.

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Nos quartos, além das camas originais e dos forros delas, há curiosidades da arquitetura, como a banheira da suíte de Juscelino e da mulher dele, dona Sarah. Na verdade, uma parte do piso de concreto liso, um desnível sob o chuveiro. Uma moderna banheira econômica. Joia de Niemeyer.

Os vidros envelhecidos e o tom alaranjado estão por toda parte. Eram moda na época. Uma lareira divide as salas de estar e jantar, de onde é possível ver o jardim com estilo de bosque e uma das três represas da fazenda, todas com água potável. Nas paredes, há pinturas de diversas cidades brasileiras, principalmente das mineiras Ouro Preto e Diamantina.

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Por um corredor de carpetes verdes, chega-se às quatro suítes. Três são iguais: armários revestidos com papel de parede floral, banheiros brancos e duas camas de solteirão, com colchões semiortopédicos sob um colchonete de 3cm de espessura — exigência de dona Sarah.

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O quarto dela e de JK tem uma cama de casal de pelo menos 80 anos, um crucifixo e um terço pregados na parede, e uma maleta de pôquer. Na cozinha, fogão industrial de seis bocas e panelas de pedra-sabão.

Compromisso

Com a morte do presidente, o imóvel ficou para a família Kubitschek. Oito anos mais tarde, ela o vendeu a Lázaro Servo, deputado estadual pelo Paraná e amigo de Juscelino, e à mulher dele, Walkíria Ganassin Servo. Na negociação, Sarah pediu aos novos donos para manter a casa e, principalmente, os móveis e objetos pessoais do marido dela como originais. Era um acordo verbal, mas Lázaro e Walkíria seguiram o desejo.

Sarah se mudou com as filhas para o único imóvel da família, um apartamento no Rio de Janeiro. Os seis filhos, os 13 netos e os quatro bisnetos de Lázaro e dona Walkíria, hoje com 82 anos, cresceram naquele ambiente de história viva.

Morando na Fazendinha, Lázaro morreu de infarto, em 1999. Tempos depois, quatro dos seis filhos dele decidiram fracionar parte da propriedade. Sobraram 78 alqueires, incluindo a área onde ficam os lagos a mansão e uma ermida — também projetada por Niemeyer, é uma réplica reduzida da capela do Palácio do Alvorada, com vitrais de Marianne Peretti, a autora dos vitrais da Catedral de Brasília.

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Desde então, Antônio Henrique Belizário Servo, caçula de Lázaro, e a mulher dele, Rosana, se dedicam a preservar o imóvel e a memória de JK, com o aval da matriarca Walkíria. Eles buscaram apoio, fizeram treinamentos e abriram a fazenda à visitação, em 2009, após ampla reforma. Mas as visitas guiadas, com média de mil pessoas por ano, foram insuficientes para manter a casa. Com isso, o casal encerrou a atividade em 2012.

Seresta

Agora, com a ajuda dos três filhos, Antônio e Rosana se preparam para retomar o tour turístico, com maior oferta de serviços. Após obras de manutenção, principalmente em função de vazamentos no casarão, ocorrerá a festa de reabertura, em 17 de setembro. Com uma seresta, celebrará também o nascimento de JK. A partir de então, a família Servo passará a receber grupos pré-agendados, de, no mínimo, 20 pessoas.

“Elas poderão escolher, ainda, tomar um café da manhã na varanda, almoçar, fazer um lanche da tarde ou mesmo todas as refeições, em um dia inteiro de visitação”, adianta Rosana. O preço, segunda ela, vai variar de acordo com a quantidade de visitantes e dos serviços contratados.

Além da visita guiada pelo interior da casa, que deverá durar duas horas, será possível fazer caminhada pela mata preservada da fazenda, conhecer e apreciar frutas típicas do cerrado, subir o morro onde está a ermida de Niemeyer e ainda ver — e até entrar — na Mercedes Benz 1963 usada na campanha presidencial de JK. Restaurado pelo Exército, o veículo luxoso conserva pneus originais, bancos de couro e volante de osso. Ele fica guardado em uma garagem coberta da Fazendinha JK.

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SERVIÇO
Grupos interessados em conhecer a Fazendinha JK mesmo em obras, ou em agendar o tour para a partir de setembro podem entrar em contato com os organizadores pelos telefones  (61) 98199-9206, 98247-0397 e 99845-9030, ou pelo e-mail rosana.servo@gmail.com

NÃO DEIXE DE CONFERIR

1,8 mil livros
Incluindo coleção rara de medicina, da época em que Juscelino fez pós-graduação em Paris

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Mercedes Benz 1963
Usada na campanha presidencial, com os pneus originais, bancos de couro e volante de osso

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Cadeira de JK
Ele usou quando governou Minas Gerais

Duas máquinas de escrever Olivetti
Também usadas pelo ex-presidente

Caixa de pôquer
Com a inscrição “20/11/1971” na tampa de madeira, dia em que JK estava jogando e fez um royal de copas

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Mesa de pôquer
Com 11 cadeiras intactas

Presentes de embaixadores
Ficam nas prateleiras da sala de jogos, como uma porcelana japonesa e uma licoeira com os traços do Palácio do Alvorada

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Quadros de fotos
Em preto e branco, da época da construção de Brasília, de JK e de dona Júlia, mãe de Juscelino

Roupas de cama
Todas originais

Pratarias, louças e cristais
Tudo também original

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Mesa de jantar
Com tampo de vidro

Cadeiras
Forradas com veludo alemão

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Encontro na Chapada: índios, rezadeiras, raizeiros, kalungas, em um só lugar

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Aldeia Multiétnica, Encontro de Cultura da Chapada dos Veadeiros – Foto de Anne Vilela/Divulgação

Há 16 anos, na segunda quinzena de julho, o Brasil se encontra na Chapada dos Veadeiros. A Vila de São Jorge, distrito de Alto Paraíso (GO), recebe representantes de diferentes povos e comunidades de todo país para celebrar os saberes e fazeres da cultura tradicional. Durante 15 dias, os olhares se voltam aos interiores, às roças, às aldeias indígenas, aos remanescentes quilombolas, aos pequenos produtores, artesãos, raizeiros, rezadeiras, parteiras, batuqueiros, aos artistas populares. Uma representação da riqueza imensurável do patrimônio cultural imaterial brasileiro e da força da fé popular brasileira.

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Chapada dos Veadeiros – Foto de André Amorim/Divulgação

As atividades do 16º Encontro de Culturas Tradicionais da Chapada dos Veadeiros começam em 15 de julho, sexta-feira, com a décima edição da Aldeia Multiétnica, que este ano apresenta o tema “Comunicação, Saberes Tradicionais e Novas Linguagens”.

CONFIRA AS MELHORES CACHOEIRAS DA CHAPADA DOS VEADEIROS

TUDO SOBRE O TURISMO EM ALTO PARAÍSO

Serão sete dias de convivência com diferentes etnias indígenas, como Fulni-ô – os grandes anfitriões do encontro deste ano, Krahô, povos do Alto Xingu, Xavante, Kayapó, Kariri-Xocó, Guarani Mbya e Avá-Canoeiro. Pacotes incluindo alimentação, camping e vivência estão sendo vendidos pelo site http://www.aldeiamultietnica.com.br.

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Aldeia Multiétnica, Encontro das Culturas Tradicionais da Chapada dos Veadeiros – Foto de André Amorim/Divulgação

A proposta é que, iniciada a experiência, todos os participantes incorporem-se ao cotidiano de uma aldeia. Em 10 anos, mais de 20 etnias diferentes já passaram pela Aldeia, localizada a cerca de 10 km da Vila de São Jorge, em uma RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural), às margens do rio São Miguel e entrecortada pelas serras da Chapada dos Veadeiros.

A vivência possibilita o aprendizado sobre os fundamentos da organização social indígena, além de rudimentos do idioma, do artesanato, da gastronomia, das pinturas corporais, dos cantos, das danças e de outras manifestações culturais desses povos. É a oportunidade de conviver com líderes, xamãs, artesãos, agricultores. Uma dinâmica que oferece conhecimentos históricos, culturais e sociais das etnias participantes e dos povos indígenas em geral.

Comunidade Kalunga

No dia 22 de julho, como manda a tradição, ao final da vivência na Aldeia os indígenas se direcionam à Vila de São Jorge e passam o comando da festa aos remanescentes quilombolas da Comunidade Kalunga e aos povos e comunidades tradicionais convidados. Até o dia 30, a vila será tomada por atividades, como shows, apresentações dos grupos de cultura tradicional, oficinas, rodas de prosa, intervenções artísticas e espetáculos teatrais.

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Congada, Encontro das Culturais Tradicionais da Chapada dos Veadeiros – Foto de André Amorim/Divulgação

Raizeiros e pajés

Este ano, pela primeira vez, o evento recebe o I Encontro de Raizeiros e Pajés na Chapada dos Veadeiros, que acontecerá de 20 a 22 de julho na Aldeia Multiétnica, e o Encontro de Lideranças Negras, que será realizado de 23 a 25 de julho em São Jorge. A Feira de Experiências Sustentáveis do Cerrado é um dos destaques desta edição e contará com 14 estandes, que terão como foco a economia criativa do Nordeste Goiano.

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Aldeia Multiétnica, Encontro das Culturas Tradicionais da Chapada dos Veadeiros – Foto de Anne Vilela/Divulgação

A programação cultural contará com a participação das cinco comunidades precursoras do evento, representantes da região da Chapada dos Veadeiros: a Caçada da Rainha de Colinas do Sul (GO), a Comunidade do Sítio Histórico Kalunga (GO), o Congo de Niquelândia (GO) e a Folia de Crixás (GO).

Shows musicais

Além destes grupos, a 16ª edição contará com atrações musicais. Já está confirmada a participação de artistas como Mariana Aydar, Mestrinho, grupo Berimbrown, Gabriel Levy, Caixeiras do Divino da Casa Fanti Ashanti e o grupo mexicano Danza Del Venado.

Esta edição também contará com o Dia da Lavadeira. Realizado em 25 de julho, é uma releitura da tradicional Festa da Lavadeira, permeada pelas cores do Maracatu de Baque Virado, Ciranda, Afoxé e Caboclinhos do Côco, marcantes na cultura pernambucana.

 

Serviço

XVI Encontro de Culturas Tradicionais da Chapada dos Veadeiros.

Quando? 15 a 30 de julho de 2016

Onde? Vila de São Jorge, Alto Paraíso, Goiás

Site oficial: http://www.encontrodeculturas.com.br

 

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Caçada da Rainha – Foto de Décio Gonçalves/Divulgação

 

 

Uma expedição para fotografar a vida noturna no cerrado

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Luiz Calcagno
(texto) e Ed Alves (foto)
Do Correio Braziliense

A vontade de ensinar fotografia em meio à natureza nasceu de expedições divertidas com amigos e da sensação de pertencimento ao mundo “como ele é”. É assim que o fotógrafo Henrique Ferrera descreve o início de um antigo projeto. Ele leva profissionais e amadores para clicar a natureza e a via láctea em passeios que duram, pelo menos, dois dias. Viagens de carro, longas caminhadas, trilhas sinuosas, aclives, declives, risco de quedas, barracas, rios, cachoeiras e madrugadas estreladas estão nos roteiros. Um dos lugares preferidos para a excursão é a fazenda Indaiá, na GO-118, a caminho de São Gabriel (GO), a pouco mais de 70km do Distrito Federal, onde a nossa equipe participou da expedição.

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Nascido em Brasília, Ferrera conta que passou boa parte da infância no cerrado, à beira de rios da região, e conhece todas as cachoeiras da capital e dos municípios goianos mais próximos. A expedição fotográfica, ele admite, era um risco, já que, no início, apenas três ou quatro amigos se reuniam para peregrinar por cenários distantes no Planalto Central. “Quem sabia sobre as minhas saídas sempre pedia para ir junto, para fazermos algo maior. Eu comecei a convidar grupos, fazer algo mais organizado e a coisa tomou forma espontaneamente. Agora, de dois em dois meses, fazemos uma saída”, explica.

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Nas viagens mais longas, Henrique conta que já contratou cozinheiros e auxiliares para carregar bagagem ou material fotográfico de parte dos integrantes do grupo. “Já fizemos a Chapada dos Veadeiros; a Cidade de Pedra, em Pirenópolis; e outras cachoeiras do Entorno. Estamos com uma viagem ao Peru marcada para abril, com Cusco, o Vale Sagrado e Machu Picchu no roteiro. Rodaremos por sete dias”, conta. “Agora, estou no estágio de ser mais seletivo. Organizamos as saídas de acordo com o nível de dificuldade, a fim de que as pessoas se adaptem melhor e tenham mais energia para aproveitar as caminhadas e ficarem mais tempo fazendo foto”, completa.

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Mais do que aprender sobre fotografia, Henrique destaca que os participantes aprendem a se sintonizar com a natureza, o que vai desde os cuidados com a preservação e a limpeza dos locais que visitam, a atenção com a segurança e com animais silvestres, até os momentos de contemplação. “Por gostar de mato, eu me perco na imensidão, em lugares maravilhosos. Depois, compartilho isso com as outras pessoas. Você vê o planeta como uma coisa maravilhosa. É impossível não repensar nossas vidas, não repensar valores. Naquele momento, não há medo: você faz parte da natureza” garante.

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Outro céu

Fotógrafo amador, o funcionário público Anderson Duarte, 33 anos, concorda com Henrique. Ele participou pela primeira vez da expedição fotográfica. E conta que, longe das cidades, se espantou com a quantidade de estrelas no céu. “Descobri a expedição por colegas fotógrafos. Eu clico como hobby e gosto de fotos de paisagem. Faço muitas imagens de Brasília. O legal foi ter contato com pessoas de diferentes níveis de experiência se ajudando. No dia a dia da cidade, não vemos o céu tão estrelado, não escutamos o barulho da cachoeira. Nunca tinha ficado tanto tempo percebendo isso”, destaca.

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A servidora pública Helena Oliveira, 42, destaca os desafios da empreitada. Ela lembra que não é a mesma coisa “enfiar o pé na água da cachoeira no meio da madrugada”. Além da escuridão, há o frio e a umidade. Longe de ser um problema, os percalços se tornaram um incentivo e parte da diversão. “Eu amo natureza e fotografia. Unir as duas coisas é a combinação perfeita. Como fotógrafa amadora, já fiz vários cursos relacionados ao tema, mas foi a primeira vez que fotografei de madrugada e com muito tempo dedicado a isso. Eu nunca tinha ido para um ambiente desses de madrugada também. É mais frio que tudo”, recorda.
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Guia completo de Goiás Velho, onde moram a cultura e a culinária goiana

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Centro histórico de Goiás Velho (Foto de Renato Alves)

Goiás tem duas cidades históricas que valem uma visita. A mais famosa é Pirenópolis. Certamente, por estar mais perto de Brasília (150km). A outra (a 310km de Brasília e 140km de Piri), no entanto, tem muito mais atrações.

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Ponte de madeira em frente à Casa de Cora Coralina (Foto de Renato Alves)

Mais conhecida como Goiás Velho, a Cidade de Goiás foi a primeira capital do estado. Desde 2001, ostenta o título de Patrimônio Mundial, concedido pela Unesco. Ela conserva mais de 90% de sua arquitetura barroco-colonial original. Uma vitrine do Brasil do século 18. Tudo em meio a um vale envolvido pelos morros verdes e ao sopé da lendária Serra Dourada.

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Sem a agitação de Piri, Goiás tem uma atmosfera bucólica. Suas ruas silenciosas e o seu casario colonial bem conservado convidam para longas e prazerosas caminhadas, sem roteiros pré-definidos. Feitas de pau a pique, sem muros ou grades e unidas umas às outras, as casas centenárias do centro histórico chamam a atenção de quem está acostumado com asfalto e arranha-céus.

O calçamento de pedra – construído com o suor e o sangue de escravos – e a arquitetura são testemunhas de outros tempos, iniciados com o bandeirante Bartolomeu Bueno da Silva. Mais conhecido como Anhanguera, ele liderou um grupo de desbravadores do Brasil Central que capturavam índios e buscavam ouro para enriquecer os colonizadores portugueses.

Goiás cresceu às margens do Rio Vermelho, se tornando um dos primeiros municípios fundados no Brasil colonial. A cidade foi a capital do estado de Goiás por mais de 200 anos. Perdeu o posto com a inauguração de Goiânia, em 1933.

“Goiás é o Brasil Colônia nos casarões, nas ruas de pedra, no jeitão de Cora Coralina. Um jeito de Brasil furioso, doido pra crescer, querendo se libertar.”
Lima Duarte, ator

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A cidade de Goiás, que originalmente se chamava Vila Boa, também oferece aos turistas riquíssima arte sacra nas seculares igrejas e nos museus. De todos, o mais visitado é o Museu Casa de Cora Coralina, também conhecido como Casa Velha da Ponte. Ele fica à margem do Rio Vermelho e é a antiga casa da poetisa Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, a Cora Coralina.

Famosa pelos inúmeros versos sobre a cidade de Goiás (1889-1985). Após a morte da poetisa, amigos e parentes se reuniram e criaram, em 1989, o museu em sua homenagem. A família doou o acervo: objetos pessoais, fotos, utensílios domésticos, livros e imóveis.

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Empadão e doces

Além do casario, dos museus e das belezas sacras, em relação a Pirenópolis, Goiás Velho tem como atrativo os preços. Em relação a Pirenópolis, as diárias de Goiás chegam a custar quase metade em hospedarias com estruturas equivalentes. Restaurantes e lanchonetes de Goiás cobram bem menos pelas bebidas e pelos quitutes e pratos do que os oferecidos em Piri.

Devido ao menor fluxo de turistas (o que barateia tudo), as opções para comprar, almoçar e jantar em Goiás Velho são poucas. Algumas casas transformadas em lojinhas vendem quitutes e artesanatos. Outras poucas abrigam restaurantes, lanchonetes e cafés. As mesas são colocadas nos cômodos, na calçada e no quintal.

Quando chega a fome, o visitante pode experimentar as comidas regionais como o empadão goiano, a pamonha ou o bolo de arroz, encontrados na maioria dos estabelecimentos, onde o turista desembolsa de R$ 20 a R$ 40 por um prato farto. O Mercado Central é outra opção. Lá, o turista encontra de comida típica a lojinhas de artesanatos.

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Comida goiana servida em restaurante de Goiás Velho (Foto de Renato Alves)

Aliás, nenhuma outra cidade goiana oferece o legítimo empadão goiano, criado em Goiás Velho, onde tem a receita original seguida à risca (com seu substancioso recheio que mistura linguiça, palmito, frango, queijo e um tipo de palmito amargo, a guariroba).

Outra antiga tradição da cidade são os alfenins, doces de origem portuguesa, preparados com açúcar e polvilho com simpáticos formatos de animais. Os doces de frutas cristalizadas também são famosos e se pode acompanhar o trabalho das doceiras.

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Nos doces e nas manifestações religiosas, como a impressionante Procissão do Fogaréu da Semana Santa (confira o calendário de eventos da cidade), permanecem as raízes culturais do passado. Para quem gosta de curtir a natureza, são organizadas caminhadas na reserva ambiental da Serra Dourada, que se ergue em um dos lados da cidade.

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Praça do Coreto

A Praça do Coreto é passagem e parada obrigatória em Goiás Velho. No meio do Centro Histórico, ela abriga a mais famosa sorveteria local e uma dezena de bancos. A sorveteria não tem placa e fica embaixo do coreto (este, não tem como não ser visto).

A loja oferece os mais diversos sabores de picolés e sorvetes produzidos em grande parte com frutas do cerrado goiano. Entre as opções, estão de murici, cajá, graviola, jabuticaba, cagaita e pitanga. Tudo por R$ 2,50 a unidade ou a bola. É escolher o seu e desfrutá-lo sentado em um dos bancos de madeira, vendo a gente e a vida passarem.

Na praça também acontece a maioria dos eventos de Goiás Velho. Rodeada de casarões e bares, o local é bastante conhecido por receber, entre outros, um dos mais famosos festivais de cinema ambiental do país, o Fica, que atrai turistas e cineastas de todo o mundo.

Estilo de vida

A estrutura em termos de pousadas e restaurantes é adequada a uma cidade que deseja ser turística mas não quer mudar seu estilo de vida. Goiás Velho se modificou bem menos que Pirenópolis, Ouro Preto ou Tiradentes, por exemplo.

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Em caso de feriados e datas comemorativas, reserve a hospedagem com bastante antecedência para não correr o risco de ficar sem opções. A cidade atrai muitas pessoas por ser um dos poucos locais turísticos da região.

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COMO CHEGAR

De avião – O aeroporto mais próximo fica em Goiânia e a partir de lá há duas opções: alugar um carro no aeroporto ou pegar um ônibus, com saídas diárias (dê preferência aos horários diretos).

De carro – Por Brasília (320 km): saia em direção a Anápolis pela BR-060. Depois pegue a GO-222 até Inhumas. Então siga pela GO-070 até Goiás. // Por Goiânia (136 km): saia de Goiânia pela GO 070 e siga sempre por esta rodovia, passando por Itaberaí até chegar à terra de Cora Coralina.

ONDE FICAR

Pousada Serra Dourada – Próxima da cidade. Piscina, lago e chalés. (62) 8412-0018.

Pousada do Sol Simples,mas decente. Centro .(62) 3371-1717 e (62) 3372-1344.

Pousada do Ipê – Melhor custo-benefício da cidade. Aconchegante, no centro histórico. Ambientação rústica (foto abaixo), café da manhã tradicional. Grande área verde, piscina e bar. Quartos comuns e chalés.

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Pousada Casa da Ponte Hotel – No centro, em frente à Casa de Cora Coralina. Quartos com TV de tela plana e banheiro privativo.

Pousada Chácara da Dinda No centro, tem piscina, terraço ao ar livre e jardim, quartos com ar-condicionado e Wi-Fi gratuito.

Pousada Colonial – Com estrutura simples, na entrada da cidade, a 1km do centro da cidade. Av. Dr. Deusdete Ferreira de Moura, 21 Tel: (62) 3372-1237.

Hostel Dedo de Prosa – Algumas unidades têm área de estar. Quartos com banheiro compartilhado e TV. Cozinha de uso comum na propriedade.

Hotel Atlanta – Bem distante do centro. Oferece piscina e é dividido em hotel e pousada. Setor Bacalhau, com entrada pela rodovia. (62) 3372-1658.

Hotel Vila Boa O mais tradicional da cidade, com piscina  e bons serviços, porém, com instalações antigas. Fica na entrada da cidade. (62) 3371-1000.

Hotel Fazenda Manduzanzan – A mais confortável e completa opção de hospedagem da cidade, mas a 9km do centro de Goiás Velho e com tarifas salgadas. Piscina, sauna e cachoeira particular na área ao ar livre.

O QUE VISITAR, VER E FOTOGRAFAR

Becos – Eles inspiraram a poesia de Cora Coralina e os versos e canções.

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Rio Vermelho – Corta a cidade, passando também pelo quintal de casas antigas.

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Cruz do Anhanguera um dos símbolos da Cidade de Goiás. A relíquia foi transferida para a antiga Vila Boa por Luiz do Couto, em 1918, que a reencontrou depois de ter sido levada, juntamente com a igreja da Lapa, pela enchente de 1839. Nova tempestade no final de 2001 destruiu mais uma vez a cruz, que será reconstruída nos mesmos moldes da original.

Casa de Cora Coralina – O casarão onde viveu a poetisa e doceira fica na cabeceira da ponte sobre o rio Vermelho. Uma das primeiras construções de Goiás, é uma típica residência do século 18 e inspirou alguns de seus poemas. Em uma parte da casa foi montado um pequeno museu que homenageia a mais famosa das filhas de Goiás.

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Espaço Cultural Goiandira do Couto – Outra celebridade local é a artista Goiandira do Couto, prima de Cora Coralina. Ela usava uma técnica de pintura com areias. São mais de 500 tonalidades encontradas na Serra Dourada. Na pequena galeria, estão expostos alguns quadros e amostras de areias. Rua Joaquim Bonifácio, 19, atrás da Igreja N. Sra. D’Abadia.

Igrejas –  A Igreja da Boa Morte (1779) é a única que apresenta elementos típicos do barroco na fachada (foto abaixo). Abriga o Museu de Arte Sacra, com destaque para as imagens de Veiga Valle, escultor local, que viveu no século 19. Igrejas São Francisco de Paula (1761), N.S. do Carmo (1786), N.S. da Abadia (1790) e de Santa Bárbara (1780) – com uma linda vista da cidade, esse é um dos pontos turísticos imperdíveis. Pequena e antiga, fica no alto do morro. Ela só é aberta na festa da padroeira em dezembro. Para chegar até ela, é preciso subir cerca de 100 degraus.IMG_4751.JPG

Museus  – No grande prédio construído em 1761, onde funcionaram a cadeia, a câmara e a justiça, fica o Museu das Bandeiras, que expõe objetos usados na exploração do ouro. O Palácio Conde dos Arcos (1755), onde há um museu, foi construído para acomodar o governador da capitania. Todos os anos, no aniversário da cidade, abriga a sede do governo, que se transfere de Goiânia por alguns dias (foto abaixo).

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Outras construções históricas – Outras construções significativas são o Quartel do 20 (obra de 1747, serviu de hospital durante a Guerra do Paraguai e atualmente seu pátio interno serve como local de festas populares), a Casa do Bispo, os chafarizes da Boa Morte, o Fonte da Carioca e a Casa de Fundição (1752, onde se fundia o ouro extraído das minas).

O QUE ASSISTIR

Semana Santa – Na quarta-feira, procissão do fogaréu, simbolizando a busca e a prisão de Jesus. Os fiéis saem com tochas na mão ao som de tambores e de músicas barrocas chamadas “motetes dos passos” compostas em 1855. Na igreja do Rosário ocorre a ceia do Senhor. Depois, na igreja de S. Francisco, encena-se a crucificação.

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ONDE NADAR

Balneário Cachoeira Grande – Queda do Rio Vermelho, abriga praia e piscinas naturais. Estrada para Jussara, 6km do Centro.

Cachoeira das Andorinhas – Queda de 9m de altura, entre rochas que abrigam andorinhas.  Seu acesso é feito por estrada de terra com saída pela lateral do morro de Santa Bárbara. Tem água limpa que forma poços piscosos. Local: Fazenda Manduzanzan, 6km do Centro.

PARA EXPLORAR

Furna da Bandeirinha – túnel escavado provavelmente por escravos, com 2m de altura, no Morro da Bandeirinha. Dá acesso a vários salões. As visitas só podem ser feitas com acompanhamento. Saída para Aruanã, a 500m do Centro.

O QUE COMER 

A culinária goiana une ingredientes locais, sabores indígenas e a influência dos paulistas, que buscaram ouro em Goiás no século 18, para criar receitas típicas.

O pequi, fruto do Cerrado, é usado na galinhada e na composição de um licor servido após as refeições (cuidado ao consumi-lo, pois o fruto esconde espinhos abaixo da polpa).

Outras receitas comuns: empadão goiano (frango, carne de porco, linguiça, palmito de guariroba e queijo), peixe na telha, arroz-de-puta-rica (com carnes defumandas), arroz com suã (espinha de porco), angu (milho verde ralado e cozido na água até engrossar) e leitão a pururuca.

O bolinho doce de arroz é a especialidade da cidade – servido na Lanchonete da Dona Inês.

ONDE COMER 

Braseiro – Comida goiana, no fogão de lenha. Pça. do Chafariz, 3 (Centro Histórico). Todo os dias, 11h às 15h. R$ 20.

Flor do Ipê – Pratos diversos. Pça. Boa Vista, 32-A (Centro Histórico). 3ª  feira às sábado, das 12h às 15h e 19h à 0h, domingo, das 12h às 16h. De R$ 26  R$ 50.

Dalí – Restaurante e confeitaria. Casa antiga transformada em restaurante que serve, entre outros pratos, o famoso empadão goiano e o delicioso doce Melado de Banana. Rua 13 de maio, 26.

Sorveteria do Coreto – É  imperdível, por exemplo, experimentar os sabores da Sorveteria do Coreto. Sorvetes e picolés com sabores tradicionais e exóticos, como tamarindo e castanha do barú. Tudo por R$ 2,50 (uma bola ou um picolé).

O QUE COMPRAR

Arte – Telas produzidas por Goiandira Ayres do Couto, a partir de 551 tons diferentes de grãos de areia coloridos da Serra Dourada. Pinta principalmente casarões e paisagens. O endereço é r. Joaquim Bonifácio, 19. Tel. (62) 371.1303 .

Doces – Entre os endereços mais conhecidos estão os de Dona Augusta (R. Eugênio Jardim, 23, 62/3371-1472), Dona Zilda (R. Bartolomeu Bueno, 3, 62/3371-2114), Dona Doris (R. d’Abadia, 17, 62/3371-4605) e Dona Divina (Travessa do Carmo, 2, 62/3371-1484). Cada uma tem um doce caseiro de sua especialidade e todas merecem uma visitinha.

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As 30 melhores cachoeiras de Pirenópolis e da Chapada dos Veadeiros

Cachoeira dos Dragões

Verão é tempo de calor e, contra ele, a água é um dos melhores remédios. Por isso, nessa época, as cachoeiras de Goiás aparecem como um dos pontos turísticos mais procurados por quem mora no Distrito Federal e no Entorno. Elas se concentram ao redor de duas cidades do estado vizinho da capital da República: Pirenópolis e Alto Paraíso. Escolhemos 30 das mais belas e disputadas atrações de ambos. Há opções para todas idades e gostos.

Principal destino dos brasilienses nos fins de semana, além do centro histórico, com quase 100 construções centenárias em estilo colonial, Pirenópolis também tem como grande atrativo 82 cachoeiras. Muitas ficam a poucos minutos de carro da cidade goiana e são abertas para visitação e banho, mediante o pagamento de ingresso que vale para o dia inteiro. Algumas contam com pontos de apoio, como barzinhos, lanchonetes e bares. Na grande maioria, a água é cristalina.

Alto Paraíso fica na Chapada dos Veadeiros, a 243km de Brasília e a cerca de três horas de carro da capital do país, por rodovia asfaltada. É uma região de cerrado no nordeste do estado de Goiás. A altitude ultrapassa os 1,6 mil metros e é bastante conhecida pela beleza natural. São mais de 300 cachoeiras espalhadas por três principais municípios: Alto Paraíso, Cavalcante e a pitoresca Vila de São Jorge.

É aconselhável a todos que pretendem viajar para a Chapada dos Veadeiros sempre consultar os Centros de Apoio ao Turista (CAT), pois muitos dos passeios só podem ser feitos com o acompanhamento de um condutor de visitantes.

Beleza hídrica

Chapada dos Veadeiros

Alto Paraíso

Loquinhas: acesso pela Rua do Segredo, a 3km do centro da cidade, um complexo de sete poços de beleza única, caracterizados pelas águas cor de esmeralda. Fácil visitação para crianças e pessoas da terceira idade. Muro de pedra feito por escravos, trilha ecológica, ponte pênsil, 780m de passarela de madeira, ladeando o Córrego Passatempo e facilitando os banhos e preservando o meio ambiente. A Fazenda Loquinhas também oferece hospedagem na Druid’s Pousada Xamânica do Cerrado.

Cachoeiras Almécegas 1 e 2: de Alto Paraíso, 9km de asfalto na estrada para São Jorge, até a Fazenda São Bento e mais 3km de estrada de terra, a partir de uma trilha de mais ou menos 1km, no Rio dos Couros, chega-se a Almécegas 1. Seguindo pela estrada de terra, fica a Almécegas 2, a poucos metros de caminhada. Na Almécegas 1, nível de dificuldade médio pela subida e descida. Na 2, fácil.

Cachoeira São Bento: a 9km de Alto Paraíso, na Fazenda São Bento, e menos de 200m de trilha, ou dando a volta, margeando o Rio dos Couros por um caminho suspenso de madeira, em um percurso de mais de 2km. A cachoeira de mesmo nome da propriedade, com uma linda piscina natural, recebe até campeonatos de polo aquático. Nivel fácil.

Parque Solarion: na estrada para o Moinho, no parque, encontram-se as cachoeiras dos Anjos e a dos Arcanjos, que formam piscinas naturais. O acesso para as cachoeiras é feito em terreno rústico e acidentado, exigindo preparo físico.

Cataratas dos Couros: na Fazenda Boa Esperança, sequência de quatro quedas no Rio Couros. Aconselha-se uso de veículo com tração nas quatro rodas e guia credenciado, pois o acesso é difícil.

Cachoeira do Rio Cristal: a 5km de Alto Paraíso pela GO-118. Estrada asfaltada para Teresina de Goiás e mais 1km de estrada de terra para chegar ao Rio dos Cristais, com diversas cachoeiras e piscinas naturais. Níveis baixo a médio.

São Jorge

Saltos do Rio Preto: localizados no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, a 1km do povoado de São Jorge, a trilha de aproximadamente 5km passa por minas desativadas de cristal conhecidas como garimpão. Depois de uma descida de quase 100m de desnível, avista-se, do mirante, o Salto 1 do Rio Preto, com 120m de altura. Mais alguns metros de caminhada e surge a cachoeira de 80m de queda (Salto 2), com um poço de quase 200m de diâmetro. Na volta de aproximadamente mais 5km, a subida exige um esforço maior, mas oferece a opção de passar pelas corredeiras para relaxar. Nível de dificuldade alto.

Canyon 2 e Cariocas: no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, com uma caminhada leve de aproximadamente 4km, atravessando alguns riachos e veredas, a beleza dos campos rupestres chama a atenção. O Canyon 2 é um estreitamento do Rio Preto, que, entre rochas de quartzo, forma um delicioso poço. Mais aproximadamente 1km de trilha e aparecem entre as pedras do Rio Preto um espetáculo de quedas, as Carioquinhas. Nivel de dificuldade médio, com atenção principalmente na descida das cariocas.

Vale da Lua: de São Jorge, a 10km de estrada de terra, ou de Alto Paraíso, são 23km de asfalto e 11km de estrada de terra, com cerca de 700m da portaria, chega-se ao Vale da Lua (foto abaixo). É um dos lugares imperdíveis da Chapada dos Veadeiros, acompanhando a Serra do Segredo, com leito de pedras em formatos arredondados, lembrado as crateras da Lua. Nível de dificuldade baixo a moderado. Atenção extra no período de chuvas por causa das enxurradas.

Chapada dos Veadeiros - Vale da Lua

Morada do Sol: saindo de São Jorge em direção a Colinas por estrada de terra a menos de 3km a portaria da Morada do Sol, mais 1km de estrada de terra e menos de 1km de trilha um local com piscinas naturais cachoeiras e cânions do rio São Miguel. Nível de dificuldade fácil.

Abismo: em São Jorge, no período de chuvas, as águas canalizam pelas fendas das rochas que formam cachoeiras grandes e pequenas, com piscinas de hidromassagem. Linda caminhada de aproximadamente 40 minutos a partir do mirante do pôr do sol, com vista panorâmica da Estrada de Colinas. Nivel médio.

Raizama: um pouco mais de 3km do povoado de São Jorge, o Sítio Espaço Infinito oferece um dos mais belos atrativos da Chapada dos Veadeiros, com um circuito de caminhada de pouco mais de 2km. Lá, o Córrego Raizama forma uma deliciosa hidromassagem, na qual despenca em um cânion de mais de 100m de extensão. Em alguns pontos, a água chega a mais de 50m de profundidade. Percorre-se uma trilha esculpida nas paredes do cânion até as piscinas. Nível de dificuldade baixo. Atenção no cânion.

Encontro das Águas: a 20 km de São Jorge, os Rios Tocantinzinho e São Miguel se encontram. Nível fácil.

Cachoeira Segredo: depois de São Jorge, ande 14km até a fazenda do seu Claro, deixe o veículo. Mais 8km a pé de trilha, cruzando o Rio São Miguel, e chega-se ao espetáculo. Nível difícil.

Cordovil: a 6km de São Jorge, o Cordovil cai no São Miguel. Passeio para o período de seca. Nível difícil.

Pirenópolis

Araras: no Rio Dois Irmãos, com um poço de 90 metros quadrados e queda de 7m. Acesso pela GO-338, saída para Goianésia, com 15km de asfalto. Entrar à direita e rodar mais 2km de terra. Trilha fácil, com 300m. Não tem estrutura para receber turistas.

Meia Lua: no Ribeirão Santa Maria com um poço com 300 metros quadrados e altura de 15m. Acesso pela estrada para as pedreiras, com 2km de asfalto. Entrar à direita e percorrer mais 3km de terra. Trilha de aproximadamente 50m. Estrutura: banheiros e lanchonete.

Cachoeira da Santa: no Ribeirão Santa, com queda de 2m. Chega-se pela estrada para o Parque dos Pireneus, com 2km de asfalto e 16km de terra. Trilha com 200m, com acesso fácil. Estrutura: Não tem. Visitas somente com guias credenciados.

Cachoeira das Andorinhas: no Córrego Barriguda, com queda de 10m. Acesso: estrada para o Parque dos Pireneus, com 2km de asfalto e 5km de terra. Trilha com 1km de acesso difícil. Não aconselhada para idosos e crianças.

Cachoeira das Freiras: no Rio Dois Irmãos, com queda de 4m. Acesso pela estrada para o Parque dos Pireneus, com 2km de asfalto e 38km de terra. Trilha com 300m, com acesso médio. Visitas somente com guias credenciados.

Cachoeira do Abade: no Rio das Almas, com um poço com 900m quadrados e queda de 22m (foto abaixo). Acesso: estrada para o Parque dos Pireneus, com 2km de asfalto. Entrar à direita, mais 12km de terra. Trilha fácil, com 300m.

Pirenópolis - Cachoeira do Abade

Cachoeira do Amor: no Córrego Barriguda, com queda de 4m. Acesso pela estrada para o Parque dos Pireneus, com 2km de asfalto e 5km de terra. Trilha de 600m, com acesso fácil. Visitas somente com guias credenciados.

Cachoeira do Canyon: no Rio das Almas, com um poço com 200 metros quadrados e altura da queda de 8m. Chega-se pela estrada para o Parque dos Pireneus, com 2km de asfalto. Entrar à direita e percorrer mais 12km de terra. Trilha fácil, com 50m.

Cachoeira do Coqueiro: no Ribeirão Santa Maria, queda de 10m. Acesso pela Estrada das Pedreiras, em 17km de terra. Trilha para a cachoeira de acesso médio, com 200m. Não é aconselhada para crianças de colo e idosos. Visitas somente com guias credenciados.

Cachoeira do Paredão: no Rio Dois Irmãos, com um poço de 10m quadrados e altura da queda 3m. Acesso pela GO-338, com saída por Goianésia, com 15km de asfalto. Entrar à direita e percorrer mais 2km de terra. Trilha média, com 2,5km. Não é aconselhada para crianças e idosos.

Cachoeira do Pilão: no Córrego Barriguda, com queda de 7m. Acesso: estrada para o Parque dos Pireneus, com 2km de asfalto e 5km de terra. Trilha com 1,2km de acesso difícil. Não aconselhada para idosos e crianças. Visitas somente com guias credenciados.

Cachoeira dos Pireneus: uma queda de 4m e um grande poço. Acesso pela estrada para o Parque dos Pireneus, com 2km de asfalto e 20km de terra. Trilha com 400m e acesso fácil. A região tem mais três cachoeiras: a Vale Encantado, Gruta e a Pedra Furada. Estrutura: pode ser usada a da Pousada Tabapuã dos Pireneus, com piscina, banheiros, restaurantes.

Garganta do inferno: no Ribeirão Santa Maria, queda com altura de 10m. Acesso: estrada para o Parque dos Pireneus, com 2km de asfalto e 15km de terra. Trilha de 300m, com acesso fácil. Sem estrutura.

Cachoeira Sonrisal: no Córrego Capitão do Mato, há seis cachoeiras em sequência. A maior queda tem altura de 10m. Chega-se pela estrada das pedreiras, 15km de terra, no Parque Estadual dos Pireneus. Trilha com 2km de acesso fácil. Visitas somente com guias credenciados.

Cachoeira dos Dragões: no Córrego Chapadão, há oito cachoeiras, sendo a maior com uma queda de 73m. Duas cachoeiras secam entre junho e setembro. Acesso pela GO-338, saída para Goianésia, com 25km de asfalto. Entre à direita e percorra mais 18km de terra. Trilha média com 4km. Não é aconselhada para crianças e idosos. Estrutura: banheiros, mosteiro, restaurante com reserva e trilha demarcada.

 

 

 

Tuc Tucs fazem a alegria dos turistas em Pirenópolis (GO)

Tuc tuc de Pirenópolis

Um novo meio de transporte cruza as centenárias ruas de pedras da charmosa Pirenópolis (GO). Surgidos na Tailândia como um riquixá motorizado e comuns em países da América Central e da Ásia, os tuc-tucs tornaram-se atração turística no principal destino dos brasilienses nos fins de semana e feriados. Os 10 triciclos customizados, na cor amarela e que declaram amor pela cidade goiana em uma placa, não param de rodar. Guiados por motoristas locais, servem a turistas do município de 22 mil habitantes.

Batizado de Táxi Tur e organizado em uma cooperativa de motoristas, o serviço entrou em atividade há duas semanas. Desde então, transportou cerca de 300 pessoas. Ele pode ser pedido por telefone. O Táxi Tur firmou parcerias com vários estabelecimentos comerciais de Pirenópolis, como bares, restaurantes e pousadas, para fazer o traslado de clientes. Até lojas de roupas embarcaram na novidade e oferecem o veículo a hóspedes de pousadas para fazerem as compras com comodidade.

O triciclo tem capacidade para dois passageiros. Ele conta com cinto de segurança e seguro de vida em caso de acidente, para cada passageiro. Além disso, os usuários ganham uma garrafinha de água durante os passeios. Por serem veículos motorizados, tuc-tucs de Pirenópolis são credenciados e seguem as leis de trânsito. A velocidade não passa dos 40km/h. Há uma previsão de entrar em circulação mais 30 veículos em 2016.

Os tuc-tucs goianos são uma criação do Grupo Villa, dono de dois hotéis localizados na cidade goiana. Diretor do grupo, Geovane Ribeiro conta que a ideia surgiu da necessidade em buscar os turistas do aeroporto de Pirenópolis de uma forma lúdica e que tivesse a cara da cidade. “Por conta do piso e das subidas íngremes, escolhemos o tuc-tuc. Ele protege os passageiros do sol e da chuva, é seguro e prático e não é uma concorrência para os taxistas.”

O serviço atende qualquer pousada ou hotel e pode levar os passageiros de volta após uma noite nos bares no centro da cidade. Também é possível pagar o transporte com o cartão de crédito.

Chapada dos Veadeiros recebe seu primeiro festival de gastronomia

Chapada dos Veadeiros2

Cachoeiras, boa comida e música ao vivo. Essa é a previsão para quem viajar para a Chapada dos Veadeiros (GO) neste fim de semana. A região receberá, a partir desta quinta (10/12), o 1º Festival Gastronômico de Alto Paraíso que vai durar até domingo (13/12), com programação gratuita. Além de Chefs renomados, o evento contará, ainda, com apresentação da cantora Fernanda Abreu e outros músicos.

Chapada dos Veadeiros1

Nos três primeiros dias, a festa acontecerá em Alto Paraíso e no último, saltará para São Jorge. Entre os chefs que ministrarão aulas estão nomes conhecidos como Bela Gil, Paula Labaki, Ana Paula Jacques, Maria França, Ademir Santana, Arthur Barbosa e o sommelier José Honorato (confira a programação abaixo).

O evento faz parte do Circuito Gastronômico Goiás 2015, organizado pelo governo do estado, e já passou por Pirenópolis, Cidade de Goiás, Goiânia, Caldas Novas, Rio Quente e termina em Alto Paraíso e São Jorge.

Programação

Quinta feira (10/12)
11h30 – Abertura Solene com participação do Grupo infantil Camerata Municipal de violões e orquestra Kokopelli de flautas (Paróquia Alto Paraíso)
13h – Abertura Gastronômica – Chef Renato Valadares e Chef Sagari com uso de florais terapêuticos do Cerrado
19h às 20h30 Leitura do mapa astral do país e de Alto Paraíso – Lilian C. Moraes
21h – Chapa da rima – batalha de MC’s
22h20 – N’golo – show cultura herança africana
24h – Pacatto do Alto e Banda

Sexta feira (11/12)
14h – O Buriti e suas múltiplas aplicações – Chef Fabiana Pinheiro
15h15 – As delícias de Alto Paraíso – Chef Gabriel Fleijsman
16h30 – A influência da Lua nos alimentos – Chef Paula Labaki
17h45 – A Cozinha tecnológica com sabores da terra – Chef Leandro Andrade
18h35 – Construção de sabores – Chef Jimmy Ogro
21h – Ação Bistrô Nômade na Confraria do Café – Chef Karla e sua Gastronomia vibracional preparando –Risoto de Pequi com gorgonzola – Risoto de buriti com creme de barú servidos com Moqueca de cajuzinhos do Cerrado e Chutney de mangaba
21h30 – Show com Maira Lemos
23h00 – Show com a dupla Rei do Gado e Fazendeiro

Sábado (12/12)
13h – Vivência e aromoterapia com Luciane Schoppan (Vish Wa)
14h – Gastronomia Alternativa: Segredos e Encantos – Chefs Nives e Ana Paula
16h30 – Cor, sabor, textura, perfume e surpresa – Chef Guga Rocha
17h45 – O Charme e o sabor da carne suína – Chef André Rabelo
19h – Os encantos saudáveis de Bela Gil
21h – Chef DJ André Barros
22h – Show Fernanda Abreu

Domingo (13/12)
13h – A Conexão de sabores entre Recife e São Jorge – Chef Renato Valadares
14h30 – Gelados Gelatos, Refrescantes Refrescos – Chef Arthur Barbosa e Rosane Santos
15h45 – Alimentação Viva e criativa – Chef André Barros
17h – Cor, sabor, textura, perfume e surpresa – Chef Guga Rocha
18h15 – A magia do Cacau na terra dos cristais – Chocolatier Diego
19h45 -A cozinha de São Jorge falando sobre tradição e continuidade com Uiter e Maria França e os sabores de Goiás com chef Ademir Santana
22h – Doroty Marques e Turma que Faz

Pirenópolis (GO) abriga o Canto da Primavera, até domingo (13/12)

Pirenópolis - Gravação da novela Araguaia/Zuleika de Souza

Os turistas têm mais um motivo para visitar Pirenópolis (GO) neste fim de semana. Distante 150km de Brasília, a cidade é palco do Canto da Primavera. Realizado há 15 anos consecutivos, o festival de música começa nesta quarta-feira (9). Com versão reduzida em relação às edições anteriores, ele vai contar com shows de artistas regionais. Todos serão realizados no Teatro e Cinema Municipal, um prédio histórico.

O festival já havia sido adiado duas vezes e chegou a ser cancelado pelo Governo de Goiás, que voltou atrás após a repercussão negativa. O público estimado para este ano é de 8 mil pessoas. São previstas mais de 20 atrações, todas de artistas goianos. As apresentações serão feitas no palco do teatro até o domingo (13), com entrada gratuita.

Confira as atrações:

5Teto Goyania

Assum Trio

Banda Arawaks

Banda Phoenix

Bandita Codá

Brasil In Trio

Calango Nego

Carina Duarte

Cartola Muçum

Diabo a Quatro

Erotori

Everson Bastos / Braza Duo

Fabiano Chagas Sexteto

Grupo Vertigo de Música Contemporânea

Lobinho e os 3 Porcão

Marcus Biancardini

Môni-K

Mugo

Orquestra Sinfônica Jovem de Goiás

Pádua

Sabah Moraes

TNY

TonZêra

Versário

Olhos D’Água (GO): uma viagem ao passado

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Cavalos e charretes em ruas de pedra ou terra. Casas com fogão a lenha, lamparina e ferro a brasa. Poucas com computador e internet. Sinal de telefone celular, só de uma companhia, em alguns pontos da localidade, onde não há edificação com mais de um pavimento, nem comércio com máquina de cartão de crédito. Também não há caixa eletrônico, agência bancária, lotérica nem posto dos Correios. Tampouco fábrica ou qualquer grande empreendimento. A 100km de Brasília, o povoado de Olhos D’Água em quase nada mudou desde a sua fundação e do tempo da invasão de hippies candangos, criadores da tradicional Feira do Troca.

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O evento chega à 85ª edição hoje e vai até domingo. Desde 1974, ele é realizado duas vezes ao ano, no primeiro fim de semana de junho e no primeiro final de semana de dezembro, recebendo cerca de 8 mil visitantes por edição — o vilarejo tem cerca de mil habitantes. De fundamental importância para a produção artesanal, do turismo, da cultura e da economia local, a feira mantém a tradição do escambo, principal forma de negócio da população até o fim dos anos 1980 (leia Para saber mais). A troca por necessidade, porém, não mais existe. Mas permanece a tradição da troca justa, que interessa e proporciona satisfação e prazer para as partes.

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Sem pressa de crescer, Olhos D’água tem números tímidos no setor do turismo. Opções de hospedagens para o público em geral são cinco: três pousadas e dois hotéis-fazenda. A maioria dos visitantes ainda fica em casas de fim de semana de parentes ou amigos. Em Pirenópolis (GO), principal cidade turística da região, por exemplo, há cerca de 110 pousadas e hotéis. Restaurantes e bares em Olhos D’água não passam de 10. Ruas pavimentadas, são apenas seis. O único transporte público é uma charrete, que cobra R$ 5 por frete. A maioria da população se locomove de bicicleta e a cavalo. Ainda há carros de boi nas pequenas propriedades, cada vez em menor número por causa das fazendas de grãos.

Vida na roça

Os irmãos Giovânio, 20 anos, e Danilo Gomes de Oliveira, 28, moram no núcleo urbano do povoado, mas trabalham nas fazendas, plantando, colhendo, fazendo pequenas obras. Eles e o amigo Amilton da Costa França, 35, dividem uma charrete para se locomover pela região. “Ela é o nosso carro e caminhão. Leva a gente para o trabalho, para a casa. E ainda ajuda a gente a ganhar um dinheirinho, com fretes”, ressalta Danilo. O trio não se incomoda com a ausência de um veículo motorizado. Só reclama da falta de alguns serviços básicos no vilarejo onde nasceu, cresceu e sempre morou. “Para pagar uma conta, a gente tem que ir até a cidade”, conta Amilton. A cidade é Alexânia, município ao qual Olhos D’água está subordinada, distante 15km do distrito (veja Memória).

Aos 66 anos, o trabalhador rural aposentado Antônio de Souza Lemos diz não sentir falta de nada no lugarejo onde foi criado com os 10 irmãos e criou a família. “Mora em uma chácara, onde tenho tudo que gosto: fogão a lenha, água na moringa, meus cavalos, minhas galinhas, minha horta, minhas vaquinhas que dão o meu leite”, conta ele, sentado em um banco de madeira, sob a sombra de uma árvores frondosa, em meio a uma pitada de cigarro de palha e ao lado de  um dos seus três cavalos, com os quais se locomove por Olhos D’Água. Ele ainda cuida da casa herdada dos pais, uma construção de 60 anos, feita de madeira e adobe, com chão de terra e teto baixo, típica da região. A um quarteirão da principal praça do lugar, onde acontece a Feira do Troca, a propriedade tem horta, galinheiro e curral.

Quem também não abre mão de uma comida feita em fogão a lenha é a cozinheira Vilma de Moraes, 37 anos. Há dois anos, ela assumiu o mais tradicional restaurante da comunidade, o Quintal Doce. Mas, desde então, só mudou a dona. todos os pratos são feitos em panelas velhas, no fogão a lenha, com ingredientes frescos. A comida é servida sobre outro fogão a lenha, na varanda de uma casa onde também funciona uma simples pousada. “Para manter o sabor ao gosto do cliente, acordo cedo todo dia, para lavar as verduras e começara a preparar o resto. Todo o dia, tem carne de porco, costela e frango caipira”, garante. A comilança é servida pontualmente ao meio-dia. Quem quiser comer à vontade, paga R$ 15, durante a semana, e R$ 25, no fim de semana.

DICAS DE VIAGEM

Como chegar

São 100km do Plano Piloto até Olhos D’água. O motorista pega a BR-060 (Brasília-Goiânia) até Alexânia, percorrendo 85km. Entra na principal avenida comercial da cidade goiana e roda até o último balão, onde começa a GO-139. Segue 10km pela rodovia estadual, até um trevo, onde há uma placa indicando Olhos D’água. Dali até o povoado são mais 5km.

Onde comer

Quintal Doce: tradicional comida goiana feita e servida em fogão a lenha, que inclui frango caipira e carne de porco. Almoço à vontade por R$ 25, incluindo doces caseiros como sobremesas.

ComTradição: mais sofisticado restaurante do lugar, mistura pratos das culinárias indígena, africana e portuguesa. Tem ainda a tradicional galinhada goiana e pizzas com ingredientes locais, como linguiça e costelinha de porco. Tel. (62) 3322-6211 / http://www.restaurantecomtradicao.blogspot.com.br / www.facebook.com/RESTAURANTECOMTRADICAO

Toca do Alemão: petiscos — sanduíche de pernil; linguiça de porco caseira, acebolada, acompanhada de pão, entre outros — e bebidas, frias e quentes, com música o vivo. Abre de quinta-feira a sábado, das 20h à meia-noite. (62) 3322-6206 e (62) 9838-1014 / www.tocadoalemaoolhosdagua.com / facebook.com/Tocadoalemaoolhosdagua

Onde dormir

Pousada da Lázara: a mais simples e barata hospedagem, fica na casa da dona, que lhe dá o nome. Não tem site.

Pousada Recanto dos Ipês: montada em uma chácara, tem três quartos e um banheiro, com churrasqueira. Reservas pelo telefone (62) 3322-6272 e (62) 9840-9499 / http://www.facebook.com/recantodosipesolhosdagua

Pousada Coisas de Olhos: também com três quartos e um banheiro, fica de frente à praça principal. Móveis e prédio são em estilo colonial. Mais informações: (62) 3322-6202, 3322-6178 e (61) 9917-0374 / www.facebook.com/CoisasDeOlhos

Pousada Professor Armando: espécie de mini hotel-fazenda, com seis apartamentos, dois chalés, área para camaping, piscina, campo de futebol, playground e outros atrativos. Contatos: (62) 3322-6176 / www.pousadaprofessorarmando.com / facebook.com/pousadaprofessorarmando

Hotel-fazenda Cabugi: mais completo da região, fica a 10km de Olhos D’Água. (61) 3963-8070, (62) 3336-1199, (62) 3336-3210 / www.hotelfazendacabugi.com.br / facebook.com/hotelfazendacabugi

O que comprar

Alfajor de Goiás: feito de forma caseira, segue a receita argentina. Tem nos sabores chocolate ao leite, chocolate branco e chocolate meio-amargo. Encomendas pelo telefone (62) 3322-6248.

Sabonete do Cerrado Bem Brasileiro: produzido também de maneira artesanal, contem substâncias e aromas de flores e frutos do cerrado. Encomendas: (62) 3322-6146, (62) 9610-0349, (62) 3322-6248 / www.sabonetebembrasileiro.negociol.com

Artesanato: bonecas, anjos e santos feitos de palha de milho são os mais típicos do povoado. Também há muitas peças feitas de barro, que vão de potes, vasos a figuras sacras. Lojinhas vendem ainda bonecos de pano, quadros de pintura a óleo, tapetes, bolsas entre outros itens feitos por artistas locais. Os preços variam de acordo com os detalhes e o tamanho da peça.

Feira do Troca

PARA SABER MAIS

Iniciativa brasiliense

A Feira do Troca teve inicio em dezembro de 1974, com a iniciativa da artista plástica e professora Laís Aderne, da Universidade de Brasília (UnB), após ela se deparar com a pobreza dos moradores de Olhos D’Água. Ao fazer um projeto de arte-educação, ela identificou os mestres artesãos, resgatou os fazeres tradicionais da população nativa e criou um canal de escoamento para a produção artesanal.

Aderne e amigos brasilienses, entre eles o Armando Faria, então professor de literatura na UnB, tiveram a ideia de juntar roupas e utensílios. Valendo-se do costume local que tinha como forma de comercialização a troca (escambo), criou-se um evento onde se trocavam roupas, sapatos, utensílios domésticos usados, trazidos pelos visitantes de cidades vizinhas, por produtos do vilarejo: artesanato e produtos da agricultura local. Uniram-se duas práticas tradicionais da comunidade, o escambo e o artesanato de raiz.

Com o passar do tempo, a Feira do Troca se consolidou como grande evento turístico que, além da atividade tradicional de escambo e venda de produtos da terra, apresenta ao público local e visitante uma agenda cultural rica e variada, com atrações que incluem apresentações musicais com artistas locais, duplas sertanejas de raiz, moda de viola, danças tradicionais como o catira, teatro de mamulengo e contação de causos. Além disso, os visitantes podem se deliciar com os produtos da gastronomia local, como galinhada, galinha com pequi, empadão goiano, frango com gueiroba, pamonha, caldo e engrossado de milho e muito mais.

MEMÓRIA

Promessa a santo

Olhos D’água surgiu de uma promessa religiosa, feita por uma moradora da região, de construir uma capela em homenagem a Santo Antônio de Pádua. Em torno da pequena igreja, fundada em 1941 em terras doadas por dois cunhados fazendeiros, cresceu o povoado de Santo Antônio de Olhos D’água. Na época, subordinado a Corumbá de Goiás, as suas terras foram repartidas pela Igreja Católica em pequenos lotes, vendidos a quem quisesse se estabelecer.

Os homens trabalhavam como meeiros para os fazendeiros da região. Plantavam milho, feijão, arroz e mandioca e mantinham pequenas criações. Além disso, produziam, para seu uso, utensílios de barro, como panelas, potes e artigos de tecelagem. Com o isolamento do povoado, a população criou um modo de vida próprio. Era autossuficiente em gêneros de primeira necessidade, fiava e tecia sua roupa e fazia seus utensílios — gamelas, colheres de pau e cestas.

O modelo de arquitetura das casas veio pelas mãos dos mestres de construção de Corumbá, que conservaram as mesmas características das antigas casas da região, dando a impressão do vilarejo hoje ser mais antigo do que aparenta. Com o nome de Olhos D’água, ele acabou emancipado em 14 de novembro de 1958, virando um município. Mas, dois anos depois, a sede municipal passou para os povoados de Alexânia e Nova Flórida. Em 1963, a cidade ganhou de vez o nome de Alexânia, tornando Olhos D’água um distrito dele.